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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Funcionários da CIA falam sobre a Área 51 em evento

Painel reuniu funcionários da agência de Inteligência, que afirmaram não haver segredos, nem interesse da corporação nos UFOs


Em 09 de outubro último, no Museu Nacional de Testes Atômicos, no estado norte-americano de Nevada, foi realizado um painel de discussões com funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA). Entre os assuntos abordados estava a Área 51, mais famosa base secreta militar do mundo, e como habitual, nenhuma posição clara foi apresentada. O principal historiador da agência, Dr. David Robarge, afirmou: "Não posso confirmar ou negar quais segredos podem estar sendo mantidos ocultos".

David Robarge realizou um trabalho para a CIA 9 anos atrás, providenciando a desclassificação de documentos secretos a respeito de aeronaves que a agência testou na Área 51. Além dele, outro participante do evento foi T. D. Barnes, especialista em radar que trabalhou para a agência na base secreta por anos, e auxiliou o trabalho de desclassificação com fotos e documentos, mostrando o trabalho que levou, em última instância, ao fim da Guerra Fria. Barnes comentou, a respeito dos métodos de manutenção de segredos, que sequer sua esposa sabia onde ele trabalhava: "Se você não tem necessidade de saber, você está fora". Foi comentado o interesse da CIA pelos UFOs, especialmente diante da crescente onda de avistamentos por volta de 1952, que fez a agência convocar o Painel Robertson.


Este chegou à conclusão de que os UFOs não ameaçavam a segurança nacional, mas seus inúmeros informes sim, o que legou a agência a acobertar e desmistificar os avistamentos. Por muitos anos seu interesse no assunto foi negado, mas por fim a CIA foi forçada a admiti-lo, diante de documentos recentemente liberados. Um dos presentes perguntou a Robarge se a agência ainda estuda os UFOs, e ele negou, afirmando que muitos dos informes entre os anos 50 e 60 eram ocasionados por avistamentos de aviões espiões, como o U-2 e o SR-71. Robarge mencinou um documento escrito pela CIA há alguns anos, no qual está destacado que 75% dos voos de teste estavam relacionados a avistamentos de UFOs. Contudo, o veterano pesquisador e físico Bruce Maccabee, que trabalhou por anos para a Marinha norte-americana, classificou essa alegação como ridícula.

LONGO HISTÓRICO DE MENTIRAS

Quando a CIA fez as primeiras alegações nesse sentido, Bruce Maccabee fez um trabalho ao alcance de qualquer jornalista, checando os números. Ele descobriu que o número de avistamentos não era diferente antes ou depois de 01 de agosto de 1955, data do primeiro voo do Lockheed U-2. Em um livro que lançou recentemente, Maccabee comprova que os avistamentos ocorriam em muito maior número nos anos anteriores à entrada em serviço do U-2, e mesmo do SR-71. Além disso, aponta o fato evidente de que nenhuma dessas aeronaves se parece com um disco voador, ou tem similar comportamento. Os relatos de UFOs continuaram ocorrendo após a retirada dos dois tipos do serviço, e Maccabee aponta que novamente a CIA acoberta a verdade em nome de seus próprios interesses. Finalmente, outros membros da audiência perguntaram a Robarge se a CIA encorajava a crença de que os aviões espiões eram confundidos com UFOs. O pesquisador respondeu que a agência não tinha permissão de fazer isso, mas tampouco desencorajava tais especulações.

Fonte: ufo.com.br



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